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Fisioterapia Vestibular Labiríntica para que serve


Todos nós já sentimos tontura, seja depois de sair de alguma montanha-russa ou mesmo após levantar muito rapidamente, mas já pensou em sentir isso constantemente? É isso que muitas pessoas com labirintite sentem, causando enjoo e mal estar.
Esses transtornos no labirinto podem ser causados por uma inflamação do ouvido interno ou dos nervos que ligam o ouvido interno com o cérebro, que acarreta essa sensação de desequilíbrio e vertigem.
Mas a tontura não é um sintoma específico da labirintite, ela também é comum na doença vestibular periférica, que inclui Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), Neuronite Vestibular e Doença Ménière. Outras causas de tontura constante também são doenças cardiovasculares, distúrbios neurológicos e distúrbios psiquiátricos.
Por esse motivo, cerca de 50% dos adultos com mais de 80 anos são afetados por esse sintoma e vão ao médico se queixando da queda de qualidade de vida após terem as atividades diárias prejudicadas.
Algumas décadas atrás, essa visita ao médico relatando tontura provavelmente não seria solucionada, ou a proposta seria invasiva, com remédios e cirurgias; porém, com os avanços da tecnologia, surgiu a Fisioterapia Vestibular. Entenda como esse tratamento funciona a seguir.

O que é Fisioterapia Vestibular?
A Fisioterapia Vestibular (FV), também conhecida como Reabilitação Vestibular (RV), é um método que vem sendo aplicado há mais de 70 anos. No entanto, apenas assuntos recentes vêm comprovando a sua eficácia na reabilitação de pessoas com distúrbios vestibulares.
O sistema vestibular é composto por estruturas periféricas, como o labirinto, e estruturas do sistema nervoso central. Esse sistema tem como função o reflexo, o equilíbrio do corpo e a orientação espacial, por isso o seu comprometimento é tão prejudicial, podendo causar até problemas com a audição.
Diferente do tratamento medicamentoso, que apenas traz alívio a esses sintomas, a FV tem como objetivo reposicionar os cristais de carbonato de cálcio, que ficam no interior do ouvido, trazendo-os de volta aos órgãos otolíticos.
Esse reposicionamento é feito através de exercícios e/ou manobras corporais, podendo reduzir ou eliminar a tontura, além da recuperação funcional das disfunções do equilíbrio corporal de origem vestibular.
Essas manobras corporais são customizadas e adaptadas para as necessidades específicas do paciente, sendo realizadas no consultório e em casa. Os exercícios passados para a casa exigem o comprometimento do paciente em relação a sua recuperação, otimizando o tratamento.
A frequência, a duração e o número de visitas ao consultório são decididos pelo fisioterapeuta responsável pelo caso, não tendo um padrão definido já que é necessário que o paciente passe por avaliações antes dessa decisão.

Qual o papel do fisioterapeuta?
Por ser um tratamento que necessita de exercícios customizados para cada caso, é papel do fisioterapeuta realizar uma análise detalhada sobre as limitações funcionais do paciente. Junto com testes físicos, perguntas sobre o cotidiano e atividades simples, deve elaborar um relatório para que então sejam definidas as manobras necessárias para que o quadro seja revertido.

Os tipos de tontura
Existem dois tipos de tontura: a rotatória, quando o paciente sente como se estivesse em um carrossel e tudo ao seu redor estivesse girando, e a não-rotatória, que afeta mais o equilíbrio do corpo, podendo ser um fator de risco para idosos por causar muitas quedas.
Além da tontura, o que mais indica que devo procurar a FV?
• Ilusão de movimento;
• Sensação de instabilidade, flutuação e oscilação;
• Vertigem crônica;
• Vertigem aguda;
• Tontura em veículos em movimento;
• Desconforto em lugares movimentados.
• Náusea;
• Zumbido;
• Histórico de quedas;
• Desvio de marcha;
• Dificuldade de ouvir.

Sintomas da Labirintite
As tonturas e as vertigens são os principais sintomas. As vertigens fazem com que o paciente sinta que o ambiente está girando ao seu redor ou que ele está rodando em volta do ambiente. Já as tonturas acompanham sintomas de queda e desequilíbrio.
Outros sintomas da labirintite que podem ser comuns são:
• Perda auditiva ou hipoacusia;
• Náuseas e vômitos;
• Febre e mal-estar;
• Alterações gastrointestinais;
• Dor de cabeça e dor de ouvido;
• Sudorese

Quando iniciar o tratamento?
Pesquisas apontam que para uma melhor recuperação, o tratamento deve começar logo após a aparição dos sintomas. Caso o paciente possua alguma deficiência motora ou déficit cognitivo, a atenção ao tratamento deve ser reforçada, com a ajuda de familiares.
O tratamento também deve ajudar na melhora da qualidade de vida com a diminuição do estresse e ansiedade, sintomas que costumam surgir devido às dificuldades diárias impostas pela vertigem e tontura.
É importante destacar, no entanto, que a FV é um tratamento complementar e muitas vezes estará acompanhada de otoneurologistas, neurologistas, psicólogos e psiquiatras.

Quais exercícios são indicados?
A avaliação clínica e o exame otoneurológico são indispensáveis para estabelecer o diagnóstico e tratamento da labirintite. Mas o que muitas pessoas não sabem é que os exercícios físicos podem ajudar no controle da doença.
No passado, a recomendação era que pacientes acometidos pela labirintite ficassem em repouso, porém a orientação médica mudou radicalmente e agora recomenda-se atividade física aliada a uma alimentação saudável e regrada.
Saiba agora quais são as atividades físicas mais indicadas para quem sofre com a labirintite.
A labirintite é uma inflamação que acomete a região do labirinto. O labirinto é uma estrutura da orelha interna constituída pela cóclea, responsável pela audição e pelo vestíbulo e canais semicirculares, responsáveis pelo equilíbrio.
Essa condição afeta, em geral, pessoas de 40 a 50 anos, mas pode atingir indivíduos mais jovens, normalmente quando associado a outros quadros médicos. Conheça, a seguir, quais são os principais sintomas da labirintite.
Geralmente, os exercícios indicados durante a reabilitação vestibular consistem em movimentos de cabeça e pescoço, variando as posições e o controle corporal, chamados de cinesioterapia. A seguir, iremos listar alguns movimentos simples que são realizados:
• Aproximar e afastar o rosto em direção ao rosto, olhando para ele;
• Mover a cabeça em rotação vertical;
• Subir e descer escadas;
• Caminhar fazendo rotação cervical para a direita e esquerda;
• Flexão e extensão de coluna;
• Andar com os olhos fechados.
É importante ressaltar que esses exercícios devem ser realizados acompanhados por um profissional da saúde, de preferência um fisioterapeuta especializado em reabilitação vestibular. Com acompanhamento correto e personalizado, é esperado uma recuperação rápida e a melhora na qualidade de vida do paciente.

1. Caminhada
A caminhada ao ar livre é recomendada especialmente para aqueles que são mais sedentários. Essa atividade física tende a beneficiar o labirinto, o sistema nervoso central e todo o corpo.
A probabilidade de ter algum sintoma desencadeado durante a atividade é maior em pessoas sedentárias, porém é pouco comum. A caminhada na rua é indicada de forma gradual até mesmo para a recuperação de crises labirínticas.

2. Pilates
O pilates ajuda muito no tratamento da labirintite porque promove o fortalecimento da região cervical, estabilizando a musculatura e melhorando movimentos ao praticar os exercícios indicados para a doença.
Além disso, o pilates trabalha com o equilíbrio, com a coordenação motora e também auxilia a prevenir as dores, irritações e tensões dos pacientes.

3. Reabilitação vestibular
A reabilitação vestibular (VB) é um método antigo e não invasivo praticado para o tratamento de pacientes com labirintite. Ela é baseada em exercícios específicos e customizados, que ajudam a devolver o equilíbrio ao labirinto.
Essa técnica pode ser aplicada por profissionais da fisioterapia e da fonoaudiologia e deve ser individualizada para cada paciente de acordo com as origens de seus sintomas.