Nossa coluna vertebral é um eixo ósseo do corpo, situada no dorso, na linha mediana, capaz de sustentar, amortecer e transmitir o peso corporal. Além disto, supre a flexibilidade necessária à movimentação, protege a medula espinhal e forma com as costelas e o esterno o tórax ósseo, que funciona como uma mecânica para os movimentos respiratórios. Mas alguns fatores podem levar a problemas de coluna, entre eles a escoliose.
A principal causa para desencadearmos este tipo de patologia é simplesmente a postura em que ficamos durante o dia todo, tanto no trabalho quanto nos afazeres domésticos. “Essa má postura acarreta um mau funcionamento dos órgãos dificultando a respiração, o funcionamento digestivo e dos rins”.
De acordo com ele, nossos músculos dobram-se, dificultando a circulação sanguínea, além da barriga que cultivamos por não sentarmos corretamente. O perigo da má postura, diz ele, não se limita em estar o dia todo sentado em frente ao computador, ela nos acompanha quando escovamos os dentes, durante as refeições, enquanto esperamos um ônibus, dentro do carro e até mesmo quando dormimos mal posicionados. “Tudo isso somado ao estresse do dia-a-dia podem ser a causa de várias doenças, inclusive da escoliose”.
Para melhorar a postura é necessário reeducar-se. Exercícios de alongamento são ótimos para evitar que os músculos se contraiam. Para cada uma hora de má postura é indicado 5 minutos de alongamento.
A escoliose é um desvio da coluna vertebral no plano frontal acompanhada de uma rotação e de uma gibosidade. Existe a escoliose estrutural e não estrutural. A primeira é uma curvatura lateral irreversível da coluna com rotação fixa dos corpos vertebrais e a não estrutural é definida como uma curvatura vertebral reversível da coluna sem rotação dos corpos vertebrais e pode ser curada. A escoliose pode ser em forma de C ou de S, sendo que a em S é o caso mais grave e mais difícil de tratar.
Além da má postura, a escoliose pode ser causada por problemas emocionais, perna curta; idiopática que afeta 75% dos casos, congênita que afeta 10% dos casos e se origina na má formação durante a gestação e outros casos mais raros.
A gravidade dessa deformidade varia de acordo com o ângulo da curvatura e rotação da coluna sendo que quanto mais grave a curvatura maior a rotação das vértebras; quanto maior a curvatura, maior o impacto e alterações secundárias nos sistemas cardiopulmonares. A presença de uma gibosidade pode desencadear uma série de problemas fisiológicos; e a mudança do centro de gravidade causa um desequilíbrio estético.
Seu tratamento não é tão simples de ser realizado, quando este é realizado precocemente conseguimos com que o individuo evite a cirurgia. A fisioterapia é um dos recursos de maior atuação neste combate a escoliose, pois existem diversos instrumentos que favorecem a melhora deste desvio, dentre as técnicas mais utilizadas podemos destacar a reeducação postural global, que trabalha todo o quadro álgico do paciente, proporcionando um benéfico de 90% de melhora.